fingidor é o caralho, Fernando!
gosto muito do que escreves e concordo com muitas coisas
- como a tua ideia fingida sobre as cartas de amor
mas fingidor é o caralho!
me vejo poeta e não consigo falar da dor que não sinto,
senão da que sinto
tanto que não finjo ser outro, ou outros,
sou eu, eu mesmo
Alexandre Antonio
quem escreve sobre a língua suja de poeira
de labirintos de onde não consigo sair
de poesia
de arte
de museus e de livros
nisso, sou mais próximo ao Glauco
que é o cego que se vê
que não finge
que tem nome artístico, mas que é ele mesmo
sou mais chegado ao Sá-Carneiro
que não fingia
e que mostrou isso ao final das contas
mas ainda assim
concordo com as cartas de amor
que fingiste ser de outro
a ideia de serem ridículas
assim como este poema
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