segunda-feira, 1 de maio de 2017

criptografia

resigna-te ao pó
de onde vieste
e ao qual voltarás
ao adubo do asfalto
e aos pés de rosas secas

desconecta-te de tudo que é cândido
e reconstrói a ofensiva
~ mãos à obra ~

mãos às sobras
calejadas mãos sombrias

desintegra-te no ar
de tão sólido que és
vira pó
vira tormento
e desfalece

desempacota a candura
e joga no fogo toda essa penúria
~ às favas com a obra ~

mãos às sobras
mãos geladas à sangruia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Google Analytics Alternative