sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

o sonho marmota

as manchas escorrendo no tapete estendido pra secar
queimaduras de tabaco
acendendo na ponta
trago no peito uma alegria
uma alegria sem fim
os dedos ardendo
e de repente uma gargalhada
e quando vê já passou um terço
da décima sexta hora do dia
e uma explosão rompe a ordem
cores pra todo lado, músicas multidirecionais num volume esmagador
a imagem de um ser mitológico dentro da mancha no tapete tremulando no mastro do banco
a gargalhada
a música explodindo
os dedos no copo de gelo
o leite condensado
o pau duro
a água
o sono
o sonho
as manchas escorrendo no tapete estendido pra secar
queimaduras de tabaco
acendendo na ponta
trago no peito uma alegria
uma alegria sem fim
os dedos ardendo
e de repente
desperto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Google Analytics Alternative