sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Rascunho ou boceto?


O texto que apresento na sequência é um rasconha, digo, rascunha, ou melhor, um boceto, como dizem os hispânicos, do que será ou seria uma letra para uma música. Como careço de tempo, é possível que nunca venha a ser composta, mas queria compartilhar. E estou compartilhando em todos os aspectos: o leitor ou a leitora que se interessar em musicar tal porcaria, tem total liberdade. Não precisa me pagar nada por isso. Porém, caso eu não seja citado como autor e este blog não apareça nos créditos, fique avisado que vou processar e pedir indenização!




Leia, leia o que está aqui
nesta quarta carta
Leia, leia o que escrevo sobre tudo
sobretudo
o que você parou pra pensar?

Quando você sua, sua mão
passa pelos pelos
pelos polos
do meu porto

quando você ouve
- o que houve?
pensa e dispensa
finge que não vê
e ponto.

Quando você disse
que dispensa o que eu disse
Leia
enquanto você sua
seu olor invade este papel
Leia

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Poema atonal


Engasgo com tua voz
extrema imersão desesperada
com doze tons que organizam a bagunça
no meu pensamento atonal

atual, como a poesia morta
pelos sons que nasceram organizados
os doze irmãos
vão e voltam, verso e inverso

e a matemática
que multiplica
divide
e subverte

irmãos subversivos
que me engasgam com tua voz
atual, como poesia morta
que subverte

os sons que nasceram organizados
extrema imersão desesperada
divide
a matemática

vão e voltam, verso e inverso
no meu pensamento atonal
que multiplica
os doze irmãos

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

No espelho, me espalho


A Lúcia alucinada
perdeu o tempo com o Pedro
e o Mauro mal roeu um biscoito
já quebrou o dente
do alho e óleo da massa al dente
com os champignons que Lúcia preparou
pra alucinar Alice
e também Alice alucina Lúcia
- e a Lúcia a luzir
com o tempero do Pedro
e a Kelen que perdeu o Tino
enquanto eu ficava aqui
com isso tudo e sem nada,
procurando bosta de zebu depois da chuva
e no espelho me espalho
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