terça-feira, 17 de novembro de 2015

Multipluripan

não sou chegado no mercado
pois sou marcado até dizer chega
pelas teorias que me deixam cega
e a tica crítica me t'enfadado

nem planejo um dia ser publicizado
- no vai e vem a vida me renega
com os filhos do chão que os desemprega
injustamente rejeitados

pra que tanto confete, regua e metro
se a quantidade só interessa
quando da matéria certa?

pra que fingir que eu soneto
se não sou neto de Gregório?
talvez a masculina pressa

Celeste, se leste

ando muito barroco
oco no meio dos extremos externos
do esterno, osso que ora
a cada hora, cada penhora
cada senhora que desce a mão
uma freira que me desse a mão
que me fizesse decolar
ir do mar às nuvens

paro no escuro, claro
perdido pelos entalhes
nas cornijas me desequilibro
pouco rococó rouco

Celeste, se leste este poema
e não entendeste, é porque ele deveria estar em braile



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