sábado, 4 de junho de 2016

Cena do amor clandestino de um lunático por Liberdade

não sou nem sombra do que gostaria
pois a carne não satisfaz mais
e falta luz

já não há espaço para respirar
porém, há olhos para julgar
e há olhos para serem lidos

tudo acordado
todos de acordo
todos acordados, então

respira
respira
respira

transmuta, explode, eclode
e volto a ser o que és

voamos, pois
já que só nos resta a fuga
atravessar a fronteira
virar sombra

2 comentários:

  1. Perdi a conta de quantas vezes reli nesse minuto. Incrível, adorei!!
    "Respira"
    É o que me resta ultimamente! Auahah

    ResponderExcluir
  2. Que bom que gostou, Anita! Faz valer a pena!!!
    E, no final das contas, é o que nos resta nesses tempos sombrios que estamos passando.

    ResponderExcluir

Google Analytics Alternative