segunda-feira, 13 de junho de 2016

ode à lisergia febril

não lamento a nossa febre, pois é ela que nos faz ver melhor. veja bem, não estou dizendo que gosto de estar molesto e que prefiro que estejas com as mesmas dores, mas sim que essas dores e essa moléstia toda deverá nos queimar coisas internas e tornar nosso interior mais leve, com o ar quente. é por isso que venho te convidando tanto para pisarmos descalços no chão úmido e pra pular no mundo ou correr até o suor escorrer e depois um banho frio, ou o vento frio. não lamento nossa febre por isso. também quero ver até onde vai. até onde a temperatura elevada dos nossos corpos nos deixará sóbreos e quando começaremos a viver o transe, do qual gostamos tanto. é a febre que vem pra nos curar e nos fazer viver! mas não só a febre. o calafrio que aproxima a gente, os cuidados que recebemos dos olhos alheios, atentos aos nossos movimentos, mas com a maravilhosa condição de não nos culpar pela febre, não nos julgar por termos andado descalços, nem pelo nosso suor e o frio.

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