segunda-feira, 19 de março de 2018

o primeiro voo

ladeira a cima toquei o vento e ele resolveu ajudar. foi aí que aprendi a voar, não como os porcos floydianos, nem como os pássaros do clichê, mas como personagens do cinema hollywoodiano, como se fios invisíveis me suspendessem. então consegui enxergar o que não estava ao meu alcance: o topo, a vegetação, a ladeira que tem do outro lado, mais um punhado de visões poéticas. era como se sobrevoasse um poema do Alencar ou uma obra renascentista. pedi pra pousar no planalto e me largaram delicadamente no cume da tua cama.

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