quarta-feira, 6 de novembro de 2019

o saco, vazio, foi parar no pé. o sacro vazio não para em pés descalços. a seco, a soco, quem trabalha foi parar no vazio da lona. os dentes arrancados, o chão molhado e uma senhorinha sorridente do lado de fora vibrava. gritavam que saco de pancada vazio não cai longe do pé. foi então que o estômago que já roncava há tempos deu seu rugido e chamou pelos demais. e todos os estômagos foram levantar a voz contra aquele juiz impetuoso que se julgava o guardião das batatas. e foi assim, num golpe só, que a justiça foi feita. o julgador teve a cabeça cortada e exposta na entrada do vilarejo, pra que sempre seja lembrada a força que tem uma multidão de estômagos. e o vazio do sacro acabou abarrotado de sentidos, lógicas, compreensões e iluminação.

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