quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

luz e sombra na balança

há um antagonismo triste. tem quem brinque com sombras, como forma de fuga. não falo na formação daquelas imagenzinhas, que a gente mexe com a mão e faz a sombra parecer um animal. não se trata disso. é algo estranho. é mexer com aquelas coisas que ela obstrui da luz. a luminosidade entra por um buraco, vai lá e tapa com o silêncio. entra uma luzinha por uma fresta, bota o desejo atrás de uma folha de papel, que enfia na fenda. alguém acende uma luz, cobre tudo com o medo. enquanto isso, em outro lugar, há quem ateie fogo, que acende velas, bota lâmpadas mais e mais fortes, tentando construir um farol. e sempre há uma tola esperança de que as duas práticas entrem em equilíbrio algum dia.

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