Suave é o sono, quando a gente dormiu pouco
enquanto aguarda a aguardente fazer efeito
feito um condenado a contar as horas
Suave é o sonho, quando a gente quase dorme
parece alucinógeno
parece fumaça branca
Suave é o som, quando a gente respira profundamente
quando faz o peito silbilar
ou disfarçar o ronco
Suave é viver na ilegalidade da palavra
onde o que se diz muitas vezes é contrário
e o verbo derruba o fato
Suave é o ronronar do gato
enquanto observa o pássaro pousar
e planeja a caça
Gostei do teu blog! Ótimos poemas. Vigorosos, atuais e com personalidade. Numa dessas podemos tomar uns gelos e falar sobre criação poética. Abraço!
ResponderExcluir