ando muito barroco
oco no meio dos extremos externos
do esterno, osso que ora
a cada hora, cada penhora
cada senhora que desce a mão
uma freira que me desse a mão
que me fizesse decolar
ir do mar às nuvens
paro no escuro, claro
perdido pelos entalhes
nas cornijas me desequilibro
pouco rococó rouco
Celeste, se leste este poema
e não entendeste, é porque ele deveria estar em braile
arabéns! Muito boas as suas criações. "A liberdade interior do submetido, submete à de seu carrasco..." , dizia o saudoso Pelino Guedes. Da mesma forma, àquela voz solitária, desprezada pela ignorância tirânica da obediência,é impedida a libertação. Suas palavras são como este ser peliniano que, submetido à força coletiva, não perde a integridade do seu caráter, tão pouco se curva diante do altar dos malfeitores, mantendo viva sua liberdade. São palavras certas, cruas, reveladas pouco a pouco dentro do universo que lhes é devido, como se reassumissem seus devidos lugares. Têm a bravura e a insurgência das verdades mais latentes, que tantos se empenham em destruir. Desejo êxitos e realizações para você e sua vida literária.
ResponderExcluirRodrigo Cardoso Ulguim.
(Aquele aluno fantasma da Edi. que não aparece porque não concorda com à Cátedra e que está exausto de fazer o que os outros esperem que ele faça. Ou, se preferir: o cara que mata aula para ler filosofia e literatura, escrever escondido, criando tratados médicos que ninguém vai ler ou simplesmente fazendo nada. Mas que encontra, aqui em sua página, um incentivo para ir as aulas).
Deixe-me pensar:
-Quantos professores poetas eu tive?
Nenhum...
Donas de casa? Já; Burocratas? Já; Pseudo-sacerdotes e pilantras? - é o que mais tem, e são pagos com nosso dinheiro-; Pobres coitados obrigados a trabalhar sem receber à medida que se doam (preciso continuar?).
Agora poeta... Esse é o primeiro.
Nem tudo está perdido.
Rodrigo Cardoso.